olhando a luz cair na ponte
na esquina da avenida
cantar pra jesus
que traga de volta os cruzamentos
e as cruzadinhas
com seu estofo militar
verde cansado
pois volta do novomundo
o mais assíduo amante da ordem
sem bons costumes aparentes
que só lance os dados
se pretender uma revolução
de preferência gástrica
uretral
uterina
e saiba a força certa
de espancar os órgãos
para ouvir respostas coerentes
que não se engane
sobretudo com desejos
datilografados numa sala qualquer
do viveiro qualquer
numa vila belga
no telhado do menino carlos
quem quiser que faça o seu
a canção vai dizer
você vai cantar
quem quiser que faça o seu
você vai cantar pra jesus
e tacar pedra no povo
na esquina da avenida
cantar pra jesus
que traga de volta os cruzamentos
e as cruzadinhas
com seu estofo militar
verde cansado
pois volta do novomundo
o mais assíduo amante da ordem
sem bons costumes aparentes
que só lance os dados
se pretender uma revolução
de preferência gástrica
uretral
uterina
e saiba a força certa
de espancar os órgãos
para ouvir respostas coerentes
que não se engane
sobretudo com desejos
datilografados numa sala qualquer
do viveiro qualquer
numa vila belga
no telhado do menino carlos
quem quiser que faça o seu
a canção vai dizer
você vai cantar
quem quiser que faça o seu
você vai cantar pra jesus
e tacar pedra no povo
vão escrever sobre a carne
festiva
e esquecer da contagem de passos
lentos como verdade anoitecida
em suas missivas à terra mãe
vão falar sobre a cor de terra
e o barulho de coração quase inútil
esquecendo
felizes
a veia marcada
no branco do olho
a carne é vermelha a terra também
branco não tem vez
hoje se atiram à corrente
cantando saudade dos que ficaram
vem irmão
te pego no braço e mostro a esquina
onde você dobra
e encontra boca aberta mais bonita
boca que sabe cantar
mas os pés:
só seus